Você sabe o que é Síndrome de Burnout?

agosto 12, 2021

Como está a saúde mental dos seus empregados? Os gestores da sua empresa conhecem a Síndrome de Burnout?

No Brasil de antes da pandemia o home office era uma prática pouco aceita pelas empresas, embora muitos colaboradores fossem adeptos a esse modelo de trabalho, havia uma clara resistência por parte das empresas em utilizá-lo, mesmo após a regulamentação pela Lei nº 13.467/2017.

Resistência cultural ao home office no Brasil

O percentual de trabalhadores remotos no Brasil, era de 5% em 2015, segundo dados do IBGE. Já o percentual de trabalhadores remotos nos Estados Unidos girava em torno de 50%, segundo dados de um estudo feito em 2014 pela consultoria Global Place Analytics e divulgado pela Revista Exame.

Em que pese a resistência cultural das empresas brasileiras, há trabalhadores que preferem o home office, enquanto outros preferem ir à empresa todos os dias. Logo antes da Pandemia do coronavírus, este formato de trabalho era opcional, tanto por parte da empresa, como do empregado.

Home Office obrigatório

A situação atual é bem diferente do home office opcional, aquele que a pessoa adere porque gosta, para economizar tempo no trânsito, para não ter que encarar o transporte público lotado dentre outros inúmeros motivos.

Agora, o home office foi imposto a todos indistintamente, por uma questão de saúde pública global, e, portanto, está sendo obrigatório, tanto para aqueles que gostam, como para os que não gostam.

Além disso, é necessário dispor de uma estrutura mínima de trabalho, que proporcione o conforto, o silêncio, os equipamentos e mobiliários adequados para o home office, o que fica mais difícil com a adoção do home office às pressas.

A tendência de quem trabalha em casa é trabalhar por um período maior, sim, em muitos casos, a pessoa acaba trabalhando mais do que se estivesse na empresa, e sem as condições de conforto necessárias.

Você sabe o que é Síndrome de Burnout?

Numa situação normal, ou seja, de home office opcional, havia a possibilidade da pessoa dar uma pausa, fazer uma caminhada numa área verde, tomar um café na esquina, fazer compras etc. e dar aquela espairecida na cabeça.

Com a necessidade de distanciamento social, não existe mais essa opção, pois quando podem sair, as pessoas não têm a mesma tranquilidade.

Atualmente, muitas pessoas não possuem válvula de escape e com isso a saúde mental começa a ser afetada, vez que assoberbado, o indivíduo não consegue recuperar seu equilíbrio.

Some a isso, o acúmulo de tarefas domésticas, como ter que cozinhar, cuidar da casa, dos filhos e ainda trabalhar por mais horas do que o normal.

Aumento do consumo de álcool e outras substâncias

O que estamos presenciando é o aumento do consumo de substâncias lícitas e ilícitas, aumento do consumo de álcool, por exemplo, foi de 80%, segundo pesquisa realizada pela ABEAD – Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas.

Este cenário é propício ao desenvolvimento de doenças mentais, tais como depressão, síndromes de ansiedade e de pânico e a síndrome de Burnout.

Síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout é classificada como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e é caracterizada como uma síndrome psicológica devido ao excesso de trabalho ou fatores de stress no ambiente de trabalho, que desencadeiam uma reação prolongada.

Cada pessoa reage de uma forma, mas em linhas gerais, os “sintomas” são sensação de exaustão insuportável, de incompetência, desinteresse pelo trabalho e um sentimento de falta de realização.

Segundo especialistas, para evitar o Burnout é necessário limitar as horas de trabalho, ter lazer, praticar esportes, dormir bem e pelo tempo mínimo necessário, evitar o excesso de tarefas etc.

Como a empresa pode ser responsabilizada?

O acúmulo ou desvio de funções, o envio de mensagens fora do horário de trabalho, a cobrança excessiva através dos meios digitais, reuniões fora do horário de trabalho, exigência constante de trabalho nos dias de folga,  são alguns dos fatores que podem comprovar a responsabilidade da empresa no aparecimento ou agravamento de doença psicológica do empregado. 

São inúmeras as decisões judiciais que condenam empresas a arcar com indenizações a fim de compensar os danos morais e materiais causados ao empregado em razão de doenças mentais adquiridas ou agravadas no ambiente de trabalho.

Quais ações a empresa pode tomar para evitar o adoecimento mental?

A empresa deve investir na saúde mental do colaborador, implementando iniciativas voltadas para o bem-estar, pois isso tornou-se essencial para manter a produtividade e competitividade.

Não é o momento para ignorar a questão da saúde mental, pelo contrário, temos presenciado o aumento do número de doenças como depressão e ansiedade durante a Pandemia, de forma que ações preventivas e de monitoramento são essenciais.

Aliás agir preventivamente é sempre a melhor solução, pois, antevendo os problemas a chance de dispêndio de recursos desnecessários é muito menor.

Conte sempre com um especialista antes de tomar decisões importantes!

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